Com inúmeras atividades que preencheram o dia dos participantes, a sexta-feira (19), primeiro dia de palestras do Encontro Nacional do Comerciantes de Material de Construção (Ecomac-Ba), que aconteceu do dia 18 a 21 de outubro, no Iberostar Praia do Forte, foi aberto por Hugo Rodrigues, Chairman & CEO da WMcCann, que abordou o tema “Quem é o consumidor de material de construção do futuro?”. Em sua apresentação, Hugo apontou que na sua percepção, na busca pelo entendimento desse novo consumidor, a tecnologia pode ser um canal de entrada para se comunicar com os clientes. Um pouco de audácia é outra característica importante para o lojista que quer compreender o consumidor. O publicitário explicou que no dia a dia a empresa, o lojista deve investir 70% dos seus recursos em ações que já deram certo; outros 20% em algo inovador e 10% numa grande loucura. “Arrisque. Se você perder, perdeu somente 10%”, completa.
Ainda no mesmo dia, trazendo o tema do evento, o economista e sócio da Leo Madeiras de Salvador, Alexandre Cohim compreende que o empresário tem de pensar na estratégia da companhia, conhecer o público alvo que quer atender e que mix vai oferecer a esse público. Para Cohim, é necessário “transcender o atendimento ao público e proporcionar uma experiência de compra”.
Dando continuidade ao segundo dia de palestra, Cláudio Conz, presidente Executivo da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) falou sobre o “Cenário Econômico do Setor no Brasil”. Otimista, o executivo comenta que o setor está crescendo – a expectativa da entidade é encerrar 2018 com incremento entre 6,5% e 7% nas vendas – e acredita em anos excepcionais a partir de 2019, com altas nas vendas acima de 10%. “Nos próximo três anos, haverá um grande crescimento de vendas nas lojas de material de construção, que correm o risco de sofrer com a ruptura. Quem estiver mais próximo ao fornecedor e tiver um bom sistema de logística sairá na frente”, garante.
Para fechar com chave de ouro o painel cultural do evento, o jornalista Ricardo Boechat traçou um “Panorama da Eleições 2018”. O palestrante destacou que é importante olhar pra trás para ter elementos e insumos que permita analisar a situação política atual e no discurso de que o brasileiro está na iminência de acabar com a nação. “Somos maiores do que isso. Esse discurso é realista porque a história mostra isso. Nós somos uma potência natural, populacional, ambiental e sobre outros vários aspectos”, reforçou. Segundo Boechat, o cenário eleitoral, de apontar a tragédia como destino inevitável, que vem sendo explorado pelas campanhas dos presidenciáveis, Fernando Haddad e Jair Bolsonaro, é falacioso. “É um discurso de campanha que deverá perder a relevância depois das eleições. Nem o Bolsonaro vai instituir uma ditadura se for eleito, nem o Haddad vai transformar o Brasil numa Venezuela. Esse discurso que a tragédia nos aguarda é conversa de militância e histeria da internet”, completa.
Fonte: Revista Anamaco
Crédito: Sércio Freitas/Divulgação Acomac-Ba